Quem busca a felicidade por meio de uma visão holística do ser humano sabe como é importante poder expressar as ideias por meio do texto escrito ou falado. Sabe, também, que a clareza, a objetividade e a concisão são requisitos plenamente alcançados por poucos quando o assunto é escrever ou falar em público.
Com o objetivo de ajudar os leitores da Terceiro Milênio a dominar a técnica de produção textual, estamos inaugurando esta coluna sob o título “Texto e Liberdade”. Nosso intuito é apresentar, a cada edição, um tópico a respeito de como confeccionar textos escritos ou palestras.
Pretendemos seguir uma sequência de assuntos e oferecer ao leitor as estratégias necessárias para a organização lógica do pensamento, bem como para colocar as ideias no papel. Nosso objetivo não é voltado às regras gramaticais embora, aqui e acolá, possamos tratar de algum tópico caso os leitores venham a solicitar.
A propósito, embora tenhamos um cronograma, pretendemos construir a coluna de forma dialética. Portanto, estaremos abertos às sugestões, porque, muitas vezes, o texto emperra ou a palestra não ganha corpo, por razões diferentes, que nos escapam num primeiro olhar.
Nada melhor para anunciar o início de uma nova coluna que começar pelo primeiro tópico: como começar o planejamento de um texto ou de uma palestra. A esse respeito, devo dizer que uma pergunta precisa ser respondida no primeiro momento, a saber: qual é o tamanho do meu texto ou quanto tempo disponho para a minha palestra?
Quando escrevemos um bom texto ou fazemos uma boa palestra, devemos nos concentrar no tópico central a ser tratado e no número de subtópicos a serem apresentados como forma de desenvolver a idéia central. Se dispusermos de mais espaço e tempo, poderemos ampliar o leque de subtópicos, mas, se o espaço ou o tempo forem curtos, então será melhor o texto se concentrar num tópico central e, no máximo, dois ou três subtópicos.
Se num texto curto, digamos de umas 30 linhas, tentamos falar de um número infindável de tópicos, não teremos como desenvolver qualquer um deles, e o leitor ficará frustrado e até mesmo perdido diante de tantas idéias, até boas, mas sem qualquer argumento ou dado para sustentá-las. Com as palestras, não é diferente, porque um número infindável de ideias sem qualquer aprofundamento leva os ouvintes à fadiga e ao desinteresse.
Em relação às palestras, é válido dizer que, no contexto da comunicação em tempo real, funcionam melhor as interativas. Por outras palavras, se dispomos de uma hora, por exemplo, nada melhor do que usar uns quarenta minutos no máximo para a apresentação e, em seguida, abrir a palavra ao público, porque o conhecimento se constrói num processo dialético. Se foi o tempo em que as pessoas conseguiam ficar focadas – se é que ficavam – numa celebridade falando por horas a fio.
Que este seja o início de uma troca de experiência constante, para aprendermos a construir os textos escritos e as palestras de forma a atingir os leitores e os ouvintes em busca da liberdade pelo texto.
Vocês podem enviar questionamentos para o e-mail jdfsantos2@gmail.com.
Forte abraço!